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“Gás Natural Liquefeito vai atrair para Moçambique entre 27 e 32 biliões de dólares norte-americanos em inve stimento directo estrangeiro” – revela director de Petróleo e Gás do Standard Bank

Com um potencial de 15.2 milhões de toneladas, por ano (MTPA), o projecto de Gás Natural Liquefeito (GNL), desenvolvido na bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado, vai atrair entre 27 e 32 biliões de dólares norte-americanos em investimento directo estrangeiro (IED), devendo rentabilizar 2.6 biliões de pés cúbicos de recursos de GNL ao largo, aumentar de 15 a 18 biliões de dólares o Produto Interno Bruto (PIB) de Moçambique, por ano, e transformar o País, a breve trecho, no quarto maior produtor de GNL do mundo.

Os resultados do estudo macroeconómico independente sobre o potencial da Área 4 do projecto de Gás Natural Liquefeito, elaborado pelo Standard Bank, foram apresentados terça-feira, 19 de Março, em Maputo, e indicam que o GNL do Rovuma tem potencial para tornar a província de Cabo Delgado numa das regiões de maior crescimento acelerado do mundo, com a perspectiva de desenvolver o apoio às cadeias de valor industrial e agrícola.

A propósito da pesquisa, Chuma Nwokocha, administrador delegado do Standard Bank, referiu que com o estudo, o banco pretende contribuir para aumentar o entendimento sobre o desenvolvimento dos projectos do sector, no País: “O Standard Bank está interessado em promover o desenvolvimento económico de Moçambique. Com este estudo, esperamos contribuir para que todos os intervenientes no sector e a sociedade em geral percebam melhor sobre o potencial dos projectos de Petróleo e Gás, seus benefícios e como todos nós podemos contribuir para rentabilizar estes recursos”, frisou.

O projecto de GNL do Rovuma tem como meta de Decisão Final de Investimento (DFI) prevista para meados do corrente ano.

O director de Petróleo e Gás da África Subsaariana do Standard Bank, Paul Eardley-Taylor, explicou que dependendo do cenário CAPEX (investimento em bens de capital), o GNL do Rovuma poderá gerar um aumento do Produto Nacional Bruto (PNB) anual em 10 a 14 biliões de dólares norte-americanos, contribuindo em 4 a 5 biliões de dólares anuais em receitas públicas, nos próximos 25 anos.

“Espera-se que o GNL do Rovuma aumente a taxa de crescimento real projectada para Moçambique de 4 por cento para 4.8, a 5.4 por cento, dependendo do cenário”, sublinhou.

Sob a perspectiva de oferta de emprego, espera-se que o projecto de GNL do Rovuma venha a empregar 20.500 trabalhadores no sector de construção e 1.300 operários. Prevê-se, igualmente, que o desenvolvimento das actividades criem muito mais oportunidades adicionais de emprego de diversas cadeias de valor e actividades de reinvestimento associadas ao apoio, fornecimento e lucros provenientes da operação comercial do GNL do Rovuma.

O GNL do Rovuma, conforme destaca o estudo, vai formar o núcleo do que, a curto prazo, será uma indústria substancial de gás doméstico em Moçambique, com um abastecimento regional alargado.

“O desenvolvimento de uma indústria de gás doméstico em Moçambique, poderá ajudar o Governo a alcançar a sua visão de ter um sector de gás doméstico, em paralelo, com capacidade de exportar o GNL. Isto vai conduzir um vasto desenvolvimento nacional e uma transformação social, especialmente na formação das Pequenas e Médias Empresas (PME)”, segundo sustentou Paul Eardley-Taylor.

Enquanto a China aprofunda a sua política de substituição de combustíveis, que visa substituir o carvão mineral por gás natural limpo como fonte de energia, o sucesso do desenvolvimento do GNL do Rovuma poderá colocar Moçambique numa posição de liderança para tornar-se um fornecedor líder de GNL à segunda maior economia do mundo, a longo prazo.

O estudo macroeconómico sobre o impacto do GNL do Rovuma antecede o Estudo Macroeconómico de 2014, que incidiu sobre a Área 4, elaborado pelo Standard Bank, em colaboração com os economistas de Conningarth.

“Sendo o Standard Bank, um banco africano que considera África como a sua casa, compromete-se a conduzir o crescimento do continente, servindo-se da sua presença e da sua visão e perícia para desenvolver os recursos do continente e todo o seu potencial em benefício dos cidadãos africanos”, enfatizou Paul Eardley-Taylor.

Entretanto, o estudo alerta que qualquer atraso do GNL do Rovuma terá um impacto económico negativo para o alcance das metas actualmente projectadas. Para mitigar este risco, o estudo sobre o GNL do Rovuma faz diversas recomendações.

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This entry was posted on 22 de Março de 2019 by in Moçambique.

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